Memórias de um Bicampeão!

Na semana em que comemoramos o Bicampeonato Mundial de 92 e 93, venho aqui relembrar uma das minhas entrevistas com um dos célebres jogadores daquele esquadrão!

Ele foi Bicampeão da Libertadores e Mundial, artilheiro da Libertadores de 92, autor do primeiro gol da decisão do Mundial contra o Milan. Campeão da Recopa dentre outros títulos. Ainda hoje é figura tarimbada no estádio do Morumbi e nos eventos sociais do Tricolor. Ele é Jorge Ferreira da Silva, sou simplesmente Palhinha!

Palhinha

Palhinha, pra começar, quando te falam em São Paulo Futebol Clube, o que te vem a mente? O que o clube representou e representa pra você?

Palhinha: Quando me falam de São Paulo só vem coisas boas, mesmo nas derrotas eu fui muito feliz no clube. O clube me ajudou e me deu a oportunidade e mais nada, passou o tempo e me sinto honrado de ter contribuído para com o São Paulo.

Muito se fala até hoje no nosso grande mestre Telê Santana, como ele era ali no dia-a-dia com vocês longe das câmeras e jornalista? Tem algum fato que você possa partilhar?

Palhinha: Na verdade era foi tudo de bom e tudo de ruim ao mesmo tempo, nós ali éramos uma fortaleza muito grande porque ele nos fazia se sentir fortes e melhores que os outros times e pro outro lado ele achava que tínhamos que só viver o clube e a profissão. mas em um todo ele foi o máximo, e ele na frente da tv era completamente diferente do que quando estava só com a gente, tinha o lado do Telê de contar casos e também de muitas broncas.

Em 1992 nós ainda não tínhamos nenhuma tradição na Libertadores, como foi aquela conquista naquele jogo com o Morumbi lotado?

Palhinha: Na final nós tínhamos tanta certeza que venceríamos que para todos foi muito difícil, mas dentro de campo o nosso time sabia o que queria e conseguiu vencer.

Ganhamos de dois dos maiores clubes do mundo, em 1992 éramos apenas um ilustre desconhecido diante do Barcelona de Cruyff, já em 1993 além do bom futebol enfrentamos toda soberba do Milan de F. Capello, Baresi, Costacurta e cia. Qual mundial foi mais difícil? E qual pra você teve um gostinho mais especial?

Zetti, Vítor, Adílson, Ronaldão, Ronaldo Luís, Cafu, Pintado, Toninho Cerezo, Raí, Palhinha e Müller. Telê Santana

Palhinha: Bom o mais difícil pra mim foi contra o Milan, porque não era mais o time de 92, que pra mim vai ser difícil fazerem um time como aquele, e em 92 nós fomos para o mundo como um time brasileiro e sem tanta tradição, mas nós já tínhamos vencido o Barcelona em La Coruña no Torneio Ramon de Carranza, acho que foi nesse torneio mesmo. Mas pra nós não foi surpresa em vencer de novo.

E qual time era melhor 1992 ou 1993?

Palhinha: O de 1992 foi o top do São Paulo.

Como você mesmo disse, você fez parte de um dos melhores times da história do São Paulo pra não dizer do mundo, como era jogar ao lado de Raí, Zetti, Cerezo, Cafu, Leonardo, entre tantos craques?

Palhinha: Quando eu fui para o São Paulo eu não acreditei e depois que cheguei e comecei a trabalhar eu não queria sair mais de lá, era muita qualidade e homens de verdade juntos, uma loucura muito boa, foi fácil ser feliz no clube.

Naquele ano de 1993 vocês tiveram uma maratona de jogos muito grande, a ponto de não conseguir comemorar o Bicampeonato da Libertadores e faziam jogos excelentes, hoje os jogadores não conseguem jogar quarta e domingo mesmo com todo o avanço em torno do futebol. Qual é grande diferença pra aquela época e agora?

Palhinha: A diferença é simples, hoje os caras não jogam nada, e se acham e ficam com muita frescura, naquele time o Juninho jogou meio tempo em cada jogo no Morumbi e não teve nada, essa é a verdade

Divulgação

Você fez ao todo 71 gols pelo São Paulo, inclusive foi artilheiro da Libertadores 1992, tem algum que te marcou mais?

Palhinha: Contra o Santos no Pacaembu, foi demais esse gol.

Em algumas conversas contigo você diz não se considerar um ídolo no clube. Por que um cara que ganhou duas Libertadores, dois mundiais, paulista, Supercopa, Recopa Sul-americana, artilheiro, é querido e lembrado pela torcida, fez parte de um dos melhores times da história do clube não se considera um ídolo?

Palhinha: Eu acho que tinha muitos outros jogadores muito melhores que eu e acho que fui um simples coadjuvante nesse time. Mas faria tudo de novo.

Todo bom são paulino que se preze conhece a história do Bicampeonato Mundial de alguma forma, tem alguma mania ou segredo de vocês jogadores, que possa ser revelado pra nós torcedores?

Palhinha: A verdade é que nós ex-jogadores do São Paulo nos respeitávamos tanto que tínhamos por obrigação de não deixar passar a oportunidade de vencer, eu acho que era esse o segredo do time do tele.

O que faltou pro São Paulo conquistar o Tricampeonato em 1994?

Palhinha: Eu fazer o gol nos penaltis, (risos)  pelo ao menos é o que todo mundo fala.

Você se sentiu muito pressionado pela perda do pênalti em 1994, isso de certa forma contribuiu pra sua saída do clube?

Palhinha: Por incrível que pareça não, eu me senti chateado, mas sai do Morumbi de cabeça erguida porque eu era o primeiro a bater e o cobrador oficial de penaltis do time e fui e não corri da minha responsabilidade, e se fosse hoje eu iria lá e bateria de novo. sem problemas. 

Ainda quando jogador do São Paulo você teve contato com o Rogério Ceni? Como era o nosso Mito em começo de carreira?

Palhinha: O Rogério, eu sou suspeito de falar dele porque ele pelo ao menos comigo nunca foi diferente e desde que ele começou eu era fã dele e imagina agora, vou torcer sempre pra ele, ele merece ter a moral que tem no clube, ele fez por merecer.

Hoje Palhinha, o que você tem feito fora dos gramados? Daquele grupo muitos jogadores se tornaram técnicos como o Pintado, o Leonardo, o Toninho Cerezo, o próprio Zetti foi por um tempo, já pensou em ser técnico de futebol?

Palhinha: Eu já fui também em clubes pequenos e na verdade não quero mais, a não ser que seja em um clube que pague muito bem, e hoje tenho cuidado de umas coisas que a família tem e que dê pra pagar as contas. (risos)

Pra terminar, deixe sua mensagem para os Tricolores e em especial os leitores.

Palhinha: O que tenho pra falar a todos vocês é que estão torcendo pro time certo e que é um clube pelo ao menos na minha época muito profissional.
Abração a todos e estou sempre a disposição

 Obs: Esta entrevista foi postada por mim em janeiro no SPFC Fanáticas e contou com a colaboração de Fernanda Santana, Daniela Gonçalves, Anayrê Soares e Mayra Soares

É bicampeão, capisci?

12 de dezembro de 1993, a data é essa! Há exatos 18 anos o São Paulo se consagraria Bicampeão Mundial se igualando ao feito do Santos de Pelé.

Bicampeão Mundial: Zetti; Cafu, Válber, Ronaldão e André Luiz; Doriva, Dinho, Toninho Cerezo (capitão) e Leonardo; Palhinha (Juninho, 19'/2) e Müller. Técnico: Telê Santana.

Se ser Campeão Mundial em cima do poderoso Barcelona, o que diria de ser Bi no ano seguinte em cima do Milan de Rossi, Maldine,  Baresi, Costacurta, praticamente uma seleção italiana.

O Tricolor já não tinha o mesmo time do ano anterior, alguns jogadores diferentes e principalmente sem aquele que foi considerado por muitos até o auge do Rogério Ceni como o maior ídolo e também o melhor jogador da era Telê: o camisa 10 Raí.

O time italiano chegou soberbo, não acreditava que o quase desconhecido clube brasileiro seria Bicampeão Mundial, ter derrotado o Barcelona no ano anterior teria sido somento um “golpe de sorte”.

Palhinha fez 1 a 0 aos 19 minutos, mas Massaro empatou aos 48. Toninho Cerezo colocou o São Paulo em vantagem aos 10 do 2º tempo: 2 a 1. Pouco depois, Papin empata novamente. E eis que aos 46 minutos numa jogada histórica, Müller arrancou com tudo, entrou na área e chutou, o goleiro Rossi ainda rebateu com o pé. Num instante de pura magia, a bola volta no calcanhar do craque são-paulino e foi pro fundo do gol!

Divulgação

Após o gol sem querer mais lindo da história tricolor Müller grita pra em bom italiano para Costacurta ouvir : “Esse é pra você palhaço!”

“Bom o mais difícil pra mim foi contra o Milan, porque não era mais o time de 92, que pra mim vai ser difícil fazerem um time como aquele, e em 92 nós fomos para o mundo como um time brasileiro e sem tanta tradição, mas nós já tínhamos vencido o Barcelona em La Coruña no torneio Ramon de Carranza, acho que foi nesse torneio mesmo. Mas pra nós não foi surpresa em vencer de novo.” Palhinha comenta sobre o Bimundial

O glorioso time de Telê Santana Zetti; Cafu, Válber, Ronaldão e André Luiz; Doriva, Dinho, Toninho Cerezo (capitão) e Leonardo; Palhinha e Müller.

Ah que saudade!

Um 2011 pra esquecer!

“Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente…” 

Por Rubens Chiri

Saudações, Tricolores!

Último jogo do ano, um clássico SanSão e a sensação é essa de que muita coisa mudou, mas nada mudou.

Durante todo ano de 2011 esperamos que o o clube montaria um time vencedor, que os títulos que faltaram em 2009 e 2010 viriam, mas não… mudamos jogadores, mudamos técnicos NADA MUDOU!

Ainda que haja uma chance de irmos para Libertadores 2012, o time não inspira, não traz confiança e foi assim o ano todo. Podemos conseguir? Sim, mas esses jogadores não merecem, prova disso os jogos medíocres de um time apático, salvo pelo M1to e mais um ou dois jogadores.

Acostumados a chegar no fim do ano comemorando ou no mínimo brigando pelo título Brasileiro, recebemos o Santos com seu time reserva no Morumbi com sentimento de férias e desejando logo 2012 para tentar mudar a realidade.

Então você lembra de grandes fins, o jogo contra o Atlético-PR em 2006, contra o América-RN em 2007, contra o Goiás em 2008… e olha agora.

O Soberano já não é o mesmo. Os fins de Campeonato Brasileiro já não são os mesmos…

É, Tricolores…

“…Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre, mas sem saber que o pra sempre, sempre acaba.” (Renato Russo)

São Paulo x América-MG: E agora quem é o favorito??

Divulgação

Saudações Tricolores!!

Os torcedores mais fanáticas devem estar espantados, como pode o Soberano Hexa Brasileiro, Tri da Libertadores e Mundial não ser favorito dianto do modesto América-MG??

É meus caros, difícil compreender as “coisas do futebol”, mas é isso aí! Ainda que tenhamos de um lado o São Paulo disputando uma vaga na Libertadores e de outro o América-MG com o pé na segundona, o jogo de logo mais não será tão fácil assim.

Por que?

Nos últimos três jogos o até então lanterna do Brasileiro mostrou brio, ainda que um time pequeno vem mostrando raça, vontade de vencer. O “Ameriquinha” venceu o líder da Marginal S/N, Botafogo e Fluminense, todos na parte de cima da tabela.

Por outro lado o nosso mais querido, o Soberano, vem mostrando um futebol medíocre, com jogadores descompromissados. Tem gente com a cabeça no marketing, tem outros pensando no Rio Grande do Sul, alguns na Europa, outros vislumbrados com o status de jogar num grande clube, além da bagunça que anda a parte administrativa. No meio disso, os últimos três jogos foram duas derrotas; a humilhante virada pro Bahia e a última contra o Atlético-PR e a vitória diante do Avaí lanterna do Campeonato.

O Tricolor que se cuide, senão perde em casa pro América-MG. No primeiro turno já veio um empate amargo e agora o time de Minas não se deixará vencer fácil, pois ele ainda mantém a esperança de permanecer na 1ª divisão.

A nós torcedores resta torcermos para que esses jogadores tomem um pouco de vergonha na cara e honre a camisa. Luis Fabiano estará de volta, quem sabe ele não resolva como bom matador que é. Ah e claro, torcer para que a zaga não cochile!

Que fase, meus amigos! Que fase!

Em noite fabulosa, Luis encosta em Prado 10º maior artilheiro do São Paulo

Por Rubens Chiri - saopaulofc.net

Saudações Tricolores!!

O jogo deste sábado está longe de entrar pra lista dos melhores do Tricolor, mas pelo momento do time, a vitória foi fabulosa!

Quem pôde acompanhar a partida, viu um São Paulo com grandes dificuldades para armar as jogadas, e ainda com deficiência na zaga, que felizmente não comprometeu. Mais um salve para o efeito polichinelo de Leão!

O primeiro tempo foi morno, poucas chances para cada lado. Rogério Ceni que voltou após ficar fora duas partidas, fez apenas uma defesa. Na frente os “alas” Jean e Cícero tentavam levar perigo ao gol do Avaí, mas os gols não vieram.

Leão tirou o zagueiro Luiz Eduardo e colocou o atacante Fernandinho, apesar da mudança de esquema, parecia que o jogo caminharia para mais um 0 a 0 sem graça, até que o Matador mostrou a que veio. Depois de uma boa jogada de Lucas, Fabuloso dentro da área colocou pra dentro.

Logo após o gol, Leão mudou, tirou Carlinhos e Dagoberto. O camisa 25 que dá toda prova que não está disposto a ajudar o time neste fim de ano, sua cabeça já está no Internacional. Lamentável para um jogador que veste a camisa do Tricolor por tanto tempo.

Com Denilson e Willian, ainda deu tempo de fazer mais um e com ele de novo: LUIS FABIANO!

Fabuloso com os dois gols de hoje alcança a marca de Prado, 10º maior artilheiro do clube com 121 gols. E agora está a 7 gols de alcançar o eterno camisa 10 Raí, que tem 128 gols na 9ª posição.

Para a alegria de todos, a zaga conseguiu se manter firme e a vitória veio para acalmar os ânimos no Morumbi. Verdade mesmo que precisa melhorar muito, mas por hoje valeu os três pontos!

Já Fabuloso mostrou hoje que pode sim dar muitas alegrias ao torcedor são-paulino, basta que alguém encoste e coloque a bola nos seus pés, dentro da área ele resolve.

Infelizmente o camisa 9 levou o terceiro amarelo e não enfrentará o Atlético-PR na próxima rodada.

Dagoberto nunca enfrentou o ex-clube na Arena da Baixada, será dessa vez??

Fica a torcida! E mais uma vez, valeu Luis Fabiano!!!